domingo, 14 de abril de 2013

A cama desfeita.




A cama desfeita, os primeiros raios da aurora invade o quarto insinuando mais um dia. permaneceria ali por uma eternidade, mas como uma lamina cortante o sol queima sua pela, encolhe-se até o canto da cama, em vão, daqui a alguns minutos eles alcançariam-na e voltaria a queimar-lhe a pele. Levantou. olhou pela janela. tentou lembrar o que tinha feito do dia anterior, nada na memória, nada na pele. Passou um olhar sobre os livros que ainda tinha que ler, começaria naquele instante se não tivesse uma vida lá fora clamando por sempre mais atenção. Correu pro banho, 3 minutos foram o bastante, 2 minutos pro café, 4 pra trocar de roupa, gastou 10. já tava atrasada, o relógio avisava que o tempo que não tinha, estava sendo perdido. Pensou no tempo, como poderia perder o tempo que não possuí e ganhar o tempo que não tem?. Pegou a mochila: jogou o livro, escova, creme dental, caneta, e um bloquinho de notas que não podia faltar, era tudo que carregava. Esqueceu mais uma vez o celular não tinha importância, não faria falta mesmo. Passou mais uma vez o dia fora e quando voltou a cama ainda estava desfeita. Permaneceria assim até nos fins de semana.


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O sonho de toda palavra é sentir o que tenta explicar.