segunda-feira, 14 de janeiro de 2013




 ''Quis ter-me apenas nos braços, não no coração.''
 E teve-me! 
 Faminta. 
 Rubra. 
 Calma.
 Teve-me!
 Leve.
 Safada.
 Santa.
 Louca.
 Rasguei-lhe a pela. 
 Rasgou-me o pudor. 
 Fiz-me trapezista, e cai na corda bamba;
 Fez-me de trampolim.
 Mergulhou-se-me fundo;
 Afoguei-me de prazer.
 Deixei que me levasse ao peito.
 Pegou-me pelos braços.
 Abriu-me as pernas.
 Dei-lhe:
 Deleite.
 Sossego.
 Gozo. 
 Deixo-me:
 Saudade.
 Vontade.
 Desejo.
 Olvidou-me 
 E eu, 
 Jamais!  



4 comentários:

  1. Oi, Ka, bom dia!!
    Um belíssimo poema, sem dúvida. Essa entrega desproporcional, que acaba, contra a nossa vontade, se tornando desproposital, muitas vezes acontece porque o nosso coração é quem fala, a cabeça não pensa, e o corpo vibra!... - mas depois, padece...
    Um beijo carinhoso
    Doces sonhos
    Lello

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  2. Ah, minha querida,
    estou saindo para uma longa atividade fora do país.
    Enquanto estiver fora, será muito difícil comentar, o que, para mim, é uma pena.
    Um beijo carinhoso
    Saudade.
    Lello

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Isso foi pra uma certa pessoa. Eu não tenho dúvidas!
    Ficou muito lindo Karita

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O sonho de toda palavra é sentir o que tenta explicar.